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Ao analisar as correntes do movimento educativo, no âmbito internacional, evidencia-se que a formação de professores, sua seleção e aperfeiçoamento contínuo no exercício profissional situam-se no primeiro plano das preocupações na área educacional, mormente quando estas estão centradas no rendimento qualitativo dos sistemas educativos.
A prova deste fato repousa na inclusão freqüente dos temas relacionados à formação do educador nos congressos e reuniões referentes a problemas educativos, o lugar de destaque que ocupam nas reformas educativas do professorado e extensa produção literária e bibliográfica a respeito da formação do educador.
Existe uma convicção generalizada de que o nível e qualidade da educação estão diretamente condicionados à capacidade dos educadores em promover o processo de ensino. Isto motiva que os sistemas de formação do educador constituam um setor prioritário, em permanente evolução, no conjunto de cada sistema educativo nacional, defende Marques (2000).
Destarte, reputa-se que a questão da formação do profissional de educação tem sido constantemente posta em debate, demandando processamento de reflexão permanente acerca da práxis educativa no intento de avaliar se estas realmente acompanham o desenvolvimento da sociedade e satisfazem as necessidades dos educandos.
As constantes transformações que ocorrem na sociedade exigem uma nova dinâmica do educador, o qual deve estar preparado para enfrentar os reptos que se lhe propõe sua profissão.
Para Marques (2000), a dialética das relações entre a pedagogia e os educadores necessita fazer-se e refazer-se de contínuo nas práticas da educação, nas suas relações com os grupos humanos que a criam. Ao mesmo tempo, conceitos rigorosos auxiliam o educador a pensar e a entender os fatos da educação, organizá-los e conduzi-los em seu sentido emancipatório.
A formação e qualificação dos educadores são realidades históricas concretas que necessitam ser elucidadas em sua gênese e em seu desenvolvimento, enquanto criadas por homens e mulheres dentre certas possibilidades e nos conceitos teóricos pelos quais se lhes amplia e melhor organiza o entendimento.
Estes conceitos requerem sempre uma nova análise a partir da realidade vigente que é modificada com o passar dos anos pela influência de fatores econômicos e políticos, tornando possível a atualização em todos os campos de intervenção educativa.
Em meio a este contexto de discussão acerca da formação dos educadores, emerge a questão da importância da arte na formação do educador. Parte-se aqui do princípio de que a arte representa um campo de conhecimento que retrata a cultura de uma determinada sociedade, e permite a compreensão de diferentes situações.
Por conseguinte, a formação integral do educador deve incluir a disciplina da arte, a qual representa um estímulo à criatividade, complementando a necessidade de pensar com rigor acerca dos fatos concernentes à realidade social, além de auxiliar a compreender a complexidade humana. Ademais disso, o educador não poderá desenvolver o ensino da arte se ele próprio não possuir a informação adequada para apreciar a arte.