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Etimologicamente, o termo Antropologia significa o estudo do humano. Verídica ciência da humanidade, ela se preocupa em avaliar cientificamente o ser humano na sua totalidade, o que lhe confere, segundo Marconi e Presotto (1987), um tríplice aspecto:
1) Ciência Social – propõe conhecer o ser humano como elemento complementar de grupos organizados.
2) Ciência Humana – volta-se designadamente para o humano como um todo: suas crenças, sua história, usos e costumes, filosofia, linguagem, entre outros.
3) Ciência Natural – interessa-se pelo conhecimento psicossomático do humano e seu desenvolvimento.
Já Hoebel e Frost (apud MARCONI; PRESOTTO, 1987) definem a Antropologia como a ciência da humanidade e da cultura. É uma ciência superior social e comportamental; e mais, na sua relação com as artes e no interesse do antropólogo de sentir e comunicar a maneira de viver total de povos específicos, é também uma disciplina humanística.
Destarte, a Atropologia tem uma dimensão biológica, como antropologia física; uma dimensão sócio-cultural, como Antropologia Social e/ou Antropologia Cultural; e uma grandeza filosófica, como Antropologia Filosófica. Sem dúvida, a tarefa que se atribui à Antropologia é muito vasta, o que facilita a proliferação de subdivisões e paradigmas distintos agrupados sob esta denominação comum (BARRIO, 2005).
Todavia, a diversidade dos seus campos de interesse, constitui-se em uma ciência polarizadora, que precisa da colaboração de outras áreas do saber, mas conserva sua unidade, uma vez que seu enfoque de interesse é a cultura humana. A Antropologia tende ao conhecimento completo do humano, o que torna suas perspectivas muito mais abrangentes.
Por conseguinte, uma conceituação mais vasta a define como a ciência que estuda o homem, suas produções e seu comportamento. O seu interesse está no ser humano como um todo – ser cultural e ser biológico e –, preocupando-se em revelar os fatos da natureza e da cultura. Arrisca compreender a existência humana em todos os seus aspectos, no tempo e no espaço, partindo do princípio da estrutura biopsíquica. Procura também a compreensão das manifestações culturais, do comportamento e da vida social.
O objeto da Antropologia engloba as maneiras físicas primitivas e atuais do homem e suas manifestações culturais. Atribui-se ao antropólogo a tarefa de proceder às generalizações, estabelecendo princípios
explicativos do desenvolvimento e da formação das sociedades e culturas humanas.
Hoebel e Frost (apud MARCONI; PRESOTTO, 1987) afirmam que a Antropologia fixa como seu objetivo o estudo da humanidade como um todo e nenhuma outra ciência analisa metodicamente todas as manifestações do ser humano e da atividade humana de maneira tão integrada.
Assegurar que a Antropologia consiste na ciência do humano não quer dizer muito, porquanto qualquer disciplina entre Ciências Humanas trata do homem e é, portanto, uma ciência do humano. Trata-se, pois, de tautologia.
A definição abrangedora da Antropologia como o estudo do humano e de suas obras justifica-se, porque centra sua atenção nesta criatura, quer seja amplo ou estreito o foco de seu interesse.
A grande amplitude do tema impõe à Antropologia o desenvolvimento de técnicas e objetivos especiais para dar unidade a seus propósitos e métodos.
Por fim, divide-se em dois grandes campos, um refere-se à forma física do homem, o outro ao seu comportamento aprendido, chamam-se respectivamente Antropologia Biológica e Cultural; aquela consiste, em essência, na biologia humana. Os antropólogos biológicos estudam problemas tais como a natureza das diferenças fenotípicas com transmissão de traços somáticos de uma a outra geração; o crescimento, desenvolvimento e decrepitude do homem (HERSKOVITS, 1963).