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No contexto da atual civilização, o espaço ocupado pelo folclore se constitui território no qual determinada comunidade, exposta às tentativas e possibilidades de homogeneização cultural, filia culturalmente seus membros e reivindica identidade própria.
Resguardando e protegendo a cultura local, tomada como fator de diferenciação da comunidade perante a tentativa/possibilidade de homogeneização. A idéia de viajar vem expandindo-se de tal forma na mente do homem moderno que, cada vez mais, se fortalece como uma conquista, um direito, uma possibilidade, um consumo.
Pode-se afirmar que a viagem, presentemente, consiste em um dos grandes consumos instituídos na conjuntura da sociedade através dos meios de propagação coletiva, principalmente os meios de comunicação de massa eletrônicos.
Tais alterações que vêm acontecendo no ritmo de vida dos seres humanos redunda por impulsioná-los a seguir, como alternativa de lazer, a viagem. Sendo a sociedade capitalista, responsável pela intensificação do ritmo de trabalho, acaba por transformar a opção da utilização do tempo livre em mercadoria.
Para os mais afortunados, com capacidade para reservar um excedente de renda, são oferecidos projetos turísticos.
O estresse e as tensões vivenciadas nos centros urbanos colaboraram para que seja valorizada e destacada, como necessidade básica das pessoas, o lazer.
É um período que beneficia a reposição das energias, o descanso mental, o crescimento pessoal e a fuga do cotidiano.
Consagrando tal contexto, a sociedade de consumo começa a fortalecer o setor encarregado pela produção e também pelo aprimoramento dos produtos turísticos.
Coincide com o início da movimentação turística o desenvolvimento da sociedade industrial, porém o surgimento de um "turismo de massas" ou um "turismo moderno" foi observado a partir da década de cinqüenta.
De outro lado, já se observava, antes desse período, uma preocupação com o assunto, porquanto, em 1937, a Comissão Estatística da Liga das Nações adotava a concepção de turista no sentido de pessoa que visita um território que não seja o de sua residência por um período de, no mínimo, vinte e quatro horas, como analisaremos em outros ensejos.
Em suma, a articulação do turismo com o folclore fortalece aquele e permite a este adversar a homogeneização cultural imposta pela globalização.