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Acerca da configuração da multidisciplinaridade na educação superior em suas diversas áreas, Braga (1999, p. 31) acrescenta:
No ensino, assim como nas outras instâncias, existe um gradiente de possibilidades de ações interdisciplinares, desde sua realização dentro de uma única disciplina, que se vale de conhecimentos de outras áreas, deixando-se penetrar por elas, ampliando suas perspectivas e reduzindo suas fronteiras, até o mesmo processo entre algumas disciplinas coordenadas e mesmo para cursos na sua globalidade. O deslocamento da ótica disciplinar para a ótica interdisciplinar compreende o trabalho através de temas amplos o suficiente para exigirem a participação de diferentes áreas de conhecimento, em vez do estudo através de conteúdos especializados. Compreende, também, que tais temas se relacionem com problemas de magnitude suficiente que comportem várias possibilidades da análise, cuja síntese permite, concretamente, a produção de conhecimentos novos.
Destarte, pensando a multidisciplinaridade como transformadora das relações universitárias, importa sobremodo que os professores das diferentes especialidades, na educação superior, passem a trabalhar conjuntamente.
À organização universitária incumbe a faina de facilitar o trânsito entre os departamentos para o exercício epistemológico multidisciplinar e o desenvolvimento dos projetos de pesquisa.
Ademais de uma didática direcionada para a interdisciplinaridade, o ensino da Gestão do Conhecimento precisa estar em constante atualização em termos de materiais didáticos, uma vez que a realidade organização na qual a Gestão se aplica pressupõe constantes inovações.
Destarte, da mesma forma que o ensino como um todo é resultado da realidade atual da sociedade, também a Gestão do Conhecimento precisa se adequar às necessidades do mercado.
Schafranski (2003) afirma que as dinâmicas da sociedade contemporânea vêm a solicitar que a prática educativa guarde relações com as transformações e exigências do contexto atual, no qual a educação e a aquisição de conhecimentos passam a se constituir em pontos estratégicos para o desenvolvimento econômico e social.
Com fulcro nessas condições, são impostas novas solicitações à educação, de acordo com os significativos avanços das forças produtivas, que vieram gerar uma nova cultura, centrada no conhecimento científico e tecnológico, tidos hodiernamente como o mais efetivo fator de produção no mundo capitalista.
Entrementes em que é necessário existir uma relação entre a práxis educativa e as transformações sociais, também a formação dos professores universitários deve ser continuada, poquanto, conforme salientam Pimenta e Anastasiou (2002), a qualificação se constitui fator chave no fomento da qualidade em qualquer profissão, sobretudo na educação, que experimenta modificações constantes.