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Adelcio Machado dos Santos

Das Ciências da Cognição ás Ciências Cognitivas XV

17/10/2015

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A consciência não é a atenção constantemente focalizada, mas o foco contra um fundo de não-foco. Portanto, os limites da consciência surgem da integração de sua estrutura dupla.


A importância desse ponto surgirá novamente na discussão da unidade e persistência da consciência e do desaparecimento da metaconsciência.


A função da consciência é ser inclusiva, interpretar a experiência a partir do interior abrangente.


Enquanto o processamento não-consciente produz modelos com o objetivo de mera persistência, a consciência aglutina com o objetivo de mudar. Como conseqüência, as funções de monitoramento e de controle da consciência são freqüentemente observadas já que equilibrar a coesão e a mudança requer a supervisão para assegurar a resposta corretamente selecionada.


A percepção é o conjunto de processos pelos quais as pessoas reconhecem, organizam e entendem as sensações recebidas dos estímulos ambientais. A percepção abrange muitos fenômenos psicológicos.


Muitas vezes as pessoas não percebem coisas que existe ou percebe coisas que não existe. A existência de ilusões perceptivas sugere que o que o indivíduo percebe não é necessariamente o que ele compreende.


Sua mente deve estar captando a informação sensorial disponível e manipulando-a, de algum modo, para criar representações mentais de objetos, propriedades e relações especiais de seu ambiente (STERNBERG, 2000).


Muitas explicações teóricas da percepção começam do básico, observando o estímulo físico – a forma ou o padrão observável – que está sendo percebido, e, depois, chegam gradativamente aos processos cognitivos de ordem superior, tais como a organização de princípios e os conceitos.


Ainda que os psicólogos tenham estudado mais a percepção visual do que a percepção em qualquer outra modalidade, principalmente em relação aos padrões nas palavras escritas, também pode-se dizer a respeito da percepção auditiva, principalmente com relação aos padrões nas palavras faladas. Assim, a percepção da fala é fundamental para a vida cotidiana.


Ademais disso, a percepção pode ser considerada a partir de duas abordagens teóricas básicas: a percepção direta ou a percepção construtiva. O ponto de vista da percepção construtiva sustenta que o perceptor constrói ou cria o estímulo que é percebido, usando tanto o conhecimento prévio e a informação contextual, como a informação sensorial.


Em contrapartida, o ponto de vista da percepção direta afirma que toda a informação de que o indivíduo necessita para perceber está no input sensorial (STERNBERG, 2000). Uma alternativa a ambas as teorias sugere que a percepção pode ser mais complexa do que os teóricos da percepção direta, podendo, não obstante, envolver também o uso mais eficiente dos dados sensoriais do que os teóricos da percepção construtiva 

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