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"Não precisamos da situação de emprego de forças de segurança. O movimento é muito bem organizado no estado", disse o governador Pinho Moreira
Foto e informações: Diário Catarinense
A convocação das forças nacionais de segurança para intervir na paralisação dos caminhoneiros em Santa Catarina está descartada pelo Governo do Estado. Em entrevista coletiva conjunta na tarde desta sexta-feira, o governador Eduardo Pinho Moreira (PMDB) declarou que os órgãos estaduais têm obtido sucesso na negociação com o movimento grevista para garantir a liberação de insumos essenciais, como gás para hospitais e combustível para serviços básicos.
— Houve a decisão do presidente da República de colocar a segurança nacional nas ruas. Santa Catarina não precisa, não queremos, temos condições plenas de continuar encaminhando a situação com aquilo que dispomos. Estamos fazendo isso com uma decisão tomada de governo e não vamos usar a não ser que haja alguma situação insustentável — destacou.
Na mesma coletiva, Pinho Moreira acrescentou que a paralisação é resultado da impopularidade do governo Temer.
— O que existe é um governo fraco, estamos pagando as consequências de um governo fraco — criticou.
Conforme o secretário do Estado da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, até a tarde desta sexta havia 164 estradas com algum movimento de paralisação em Santa Catarina, com somente uma delas momentaneamente bloqueada. Levantamento com as prefeituras também indicou que 254 dos 295 municípios relataram algum problema de abastecimento de combustível.
Apesar do quadro, Moratelli reforçou a autonomia do Estado para dispensar a atuação do uso de força nacional.
— Não precisamos da situação de emprego de forças de segurança. O movimento é muito bem organizado e não temos pontos de bloqueio. Se for necessário, o emprego de forças públicas pode ser usado de repente até para um comboio, mas não para uso da força — anunciou.
Também presente na coletiva, o secretário do Estado da Segurança Pública, Alceu de Oliveira Júnior, observou que escoltas têm sido realizadas com regularidade para o transporte de insumos básicos, especialmente combustível (para determinados fins), gás, cloro e medicamentos.
— Temos condições de fazer todas as escoltas que sejam necessárias dentro das prioridades já estabelecidas — afirmou Alceu.
O secretário de Estado da Agricultura, Airton Spies, destacou que ainda não há notícia de mortandade de animais por falta de alimentos. O secretário, no entanto, manifestou preocupação maior com a falta de abastecimento de ração em granjas e de insumos para a fabricação de ração entre os criadores. Segundo o governo, neste sábado a negociação com os grevistas buscará garantir também a livre circulação de ração e insumos para evitar perdas maior no setor agropecuário.
Em relação ao ensino, o Estado também prevê dificuldades para o transporte escolar na próxima segunda-feira caso a greve se mantenha, mas por enquanto não foram anunciadas medidas.
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