ARTIGO

O homem como agente de mudanças nas empresas

27/10/2011 às 17:35

O emérito escritor Augusto Cury coloca muito bem em seu livro “O Código da Inteligência”, que o ser humano moderno se tornou um gigante na ciência, mas é um frágil menino na sua psique. Não sabe navegar nas águas da emoção, nem percorrer as avenidas mais íntimas de sua personalidade”.

O assunto se torna mais sério quando estamos cercados de fragilidades sociais neste país em que vivemos, capazes de nos neutralizar-mos, tirar o nosso entusiasmo, a ponto de bloquear a nossa capacidade de fazer as coisas acontecerem. Colocando, muitas vezes, em crise até a identidade do ser humano, como o único agente de mudanças. Claro, devemos considerar que nos últimos anos houve melhorias substanciais.
Mesmo assim, com esse quadro social, político e financeiro, o descrédito da gestão pública, salvo algumas exceções, como ficam a qualidade dos produtos, serviços e a nossa qualidade de vida? E a competitividade num mercado globalizado?
É preciso começar um trabalho de motivação em todas as áreas, atendendo as necessidades humanas e realçando as potencialidades das pessoas, tanto nas instituições públicas como nas privadas.
Há muito tempo, li uma pequena história escrita por Regina C Drumont, num dos seus livros sobre qualidade, que no seu bojo expunha que o homem é o que pensa ser... "Certo dia um fazendeiro, caçando nas montanhas, achou um ninho de águia com filhotes, pegou um e trouxe à fazenda, criando-o no galinheiro. Em visita à fazenda, um cientista amigo se comoveu vendo uma águia naquele estado, comendo, andando, dormindo como galinha. Argumentou que era uma violência contra natureza, deixar uma ave nobre passar tamanha humilhação. O dono da fazenda, dando uma sonora gargalhada retrucou: pensa como galinha, age como galinha, é galinha.
O cientista, inconformado, tomou a ave e a levou às montanhas. Lá chegando ao ponto mais alto bradou: "Águia és a rainha das aves, tens um potencial imenso, tome o lugar que é teu no espaço e voe". E a águia nada fez, permaneceu imóvel. O fazendeiro a que tudo assistia, disse entre gargalhadas: Pensa como galinha, é galinha...
O cientista não desistiu e voltou à carga: "Águia aqui não é o teu lugar, este é lugar de medíocres, a ti estão reservados vôos mais altos, o céu mais azul, o lugar dos vencedores e atirou a águia para o alto. O pássaro ensaiou bater as asas, titubeou e logo caiu. O fazendeiro que a essa altura “chorava de rir", não perdoou: Age como galinha, é galinha...
O cientista, treinador contumaz, insistiu mais uma vez: "Águia tu és a ave mais forte, o céu é o teu limite. É uma criação maravilhosa de Deus, ocupe o lugar que é teu no Universo. Voe. Voe... águia voe e vença. Você pode. Você veio para vencer" E jogou ainda mais alto o pássaro que ganhou a vastidão do espaço. Ai, cheio de orgulho, contemplando o voou majestoso da águia, o cientista sentenciou: Pensa e age como águia: É ÁGUIA!...
Viver hoje é um desafio e este só poderá ser vencido por pessoas entusiasmadas. Esta palavra tem um sentido diferente de motivação, otimismo, alegria... Ela vem do grego: THÉOS, que significa ter Deus dentro de você. Entusiasmo é ter a capacidade de transformar a natureza e para isso não espere ter as condições ideais, só há ação eficaz quando há entusiasmo.
Sem entusiasmo não há vida! Confie na sua capacidade e vamos buscar o nosso espaço nas organizações e/ou na sociedade. Para finalizar quero junto com vocês fazer uma reflexão do pensamento de Theodore Roosevelt.
“É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos ou glórias, mesmo expondo-se a derrota, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito e nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória e nem derrota”

Ibrahim Socreppa. 
Vice Presidente da Associação das

 Micro e Pequenas Empresas (AMPE).