Caçador- Santa Catarina - Portal CDR - contato@portalcdr.com.br
O caso da professora Vanderleia Birnfeld, 42 anos, que foi assassinada pelo ex-namorado, José Carlos Gonçalves de Oliveira, 59 anos, foi considerado elucidado pela Polícia civil de Caçador. Em entrevista coletiva a imprensa na tarde desta sexta-feira, 27 de maio, o Delegado Eduardo Mattos, juntamente com o Delegado Regional Fabiano Locatelli, esclareceu pontos que ainda estavam sob sigilo, dada a complexidade das investigações.
De acordo com o Eduardo Mattos, o crime foi premeditado e teve mais de uma motivação, dentre elas a passional. “Pelas informações que levantamos e pelo depoimento do acusado, embora não tivesse antecedentes criminais, José Carlos mantinha certa magoa causada pelo fim do relacionamento. Numa determinada época em que eles romperam o relacionamento, ele foi para Brasília, porém o desejo de reatar o namoro fez com que ele retornasse já com possíveis intenções de lhe tirar a vida, inclusive nesta sua volta para Caçador, numa cidade do estado de São Paulo ele adquiriu um revólver, possivelmente o que ele utilizou para tirar a vida de Vanderleia”, destacou o delegado.
Já em Caçador e possivelmente com as intenções planejadas, no dia 16 de maio, por volta das 17h30 eles se encontraram no estacionamento de um supermercado, de onde saíram num veículo que ele havia alugado, deixando ali o carro dela”, revelou Dr. Mattos.
“O objetivo de José Carlos era talvez seguir com a vítima para Brasília ou para qualquer outro lugar, porém numa estrada secundária em Calmon, o acusado decidiu parar e cometer ali mesmo o crime”, acrescentou.
Mesmo tendo desferido vários golpes de faca na vítima, José Carlos não se deu por satisfeito e acabou disparando diversos tiros contra ela, sendo que pelo menos quatro teriam acertado a região da cabeça e do peito dela.
A prisão
Com fortes indícios de que o ex-namorado seria o possível autor, a polícia começou investigar o paradeiro de José Carlos, o qual desorientado e tentando uma forma de fugir teria ido a Brasília, posteriormente a cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, descido para o Rio Grande do Sul e retornado para Brasília, isso em menos de uma semana.
Com um mandado de prisão temporária em mãos e com a certeza que o acusado estava em sua residência em Brasília, o delegado Eduardo Mattos, acompanhado de outros dois policiais foi até a capital federal e com apoio de equipes de lá, montou uma campana e ficou aguardando o melhor momento para realizar a prisão. “Ficamos aguardando até que ele saísse para não corrermos o risco de perdê-lo e assim comprometer todo o trabalho que já havíamos realizado”, frisou o delegado.
Sem condições logísticas de transportar o elemento até Caçador, o delegado Eduardo Mattos optou por deixá-lo em Brasília, porém segundo ele, José Carlos está á disposição da justiça de Caçador, que pode a qualquer momento optar pela sua transferência, tendo em vista que todo o processo e seu julgamento devem ocorrer nesta comarca.
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