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A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) lançou campanha estadual de combate ao mosquito aedes aegypti, principal transmissor de doenças como a dengue, vírus zika e febre chikungunya. A ação, que tem apoio das federações dos trabalhadores − FETIAESC, FETICOMSC, FETIESC, FETIGESC e FETIMMMESC −, prestará esclarecimentos sobre o assunto, levando para dentro das fábricas cartilhas explicativas sobre a importância da eliminação de potenciais criadouros do aedes aegypti e os sintomas das doenças. O lançamento, realizado nesta quinta-feira (18), em Florianópolis, contou com a participação do secretário de Estado da Saúde, João Paulo Kleinubing.
“O SESI está em quase 260 municípios catarinenses, isso representa cerca de 90% do total dos municípios do Estado. Por meio das nossas unidades, mobilizaremos as equipes para esclarecer e transmitir, sobretudo, aos trabalhadores da indústria e suas famílias, medidas de prevenção contra essa epidemia”, afirmou o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, enfatizando que o grande contingente de profissionais da FIESC, SESI, SENAI e IEL, que atua diariamente dentro das fábricas, estará mobilizado para este trabalho.
Para o secretário de Estado da Saúde, João Paulo Kleinubing, “a atitude da FIESC, juntamente com as federações dos trabalhadores, é um grande exemplo do que a sociedade pode fazer como mobilização. Poucas entidades têm presença e capilaridade como esta”, disse. “Se cada um de nós investir dez minutos do seu dia olhando para dentro da sua casa, do seu terreno, da sua empresa, da sua escola, conseguiremos vencer o mosquito”, frisou Kleinubing.
De acordo com o secretário, Santa Catarina contabiliza 323 casos confirmados de dengue, sendo dois terços no município de Pinhalzinho. “81 casos confirmados de dengue foram contraídos no Estado. Nossa grande preocupação é evitar que o mosquito se prolifere, já que em Santa Catarina 80% dos focos estão dentro das casas das pessoas”, disse, explicando ainda que na região Sul o acúmulo inadequado de lixo produz um ambiente propício para a proliferação do aedes aegypti. Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Amapá e Amazonas são os únicos Estados ainda sem a circulação do zika vírus.
Para o superintendente do SESI, Fabrizio Machado Pereira, este é um grande desafio de saúde pública. “É uma ação de mobilização que será feita em todos os ambientes onde prestamos serviços, dentro das indústrias, na comunidade, em nossas escolas, refeitórios e centros de promoção da saúde. No conjunto com todas as entidades da Federação, seremos mais de 10 mil multiplicadores, e assim, poderemos complementar o trabalho que já vem sendo realizado pelo poder público”, pontuou Pereira. A campanha de comunicação se estende até o dia 7 de março, mas as ações de conscientização permanecerão.
A iniciativa soma forças com outros grupos como o Exército Brasileiro e a Vigilância Sanitária, que também atuam na eliminação de potenciais criadouros do aedes aegypti. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 30% das residências brasileiras já foram visitadas por agentes de saúde que detectam possíveis criadouros do mosquito e orientam sobre como evitar o surgimento de mais focos. Para reforçar as orientações, a FIESC terá outdoors, divulgação em rádios e jornais de todo o Estado, além de mobilização pelas redes sociais.
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