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Após a definição do traçado, diretor da Valec acredita que será necessários mais um ano para elaboração do projeto executivo
A Ferrovia do Frango, estrada de ferro projetada pelo Governo Federal para ligar a região oeste aos portos catarinenses, deve demorar mais de um ano para ter o seu traçado definido. A informação foi repassada nesta quinta-feira, em Brasília, pelo diretor de planejamento da Valec, Sergio de Assis Lobo, ao secretário de Infarestrutura de Santa Catarina, Valdir Cobalchini. De acordo com ele, o Tribunal de Contas da União (TCU) exigiu um novo estudo que vai apontar qual o traçado ideal.
Conforme o diretor da Valec, o TCU já autorizou a contratação do estudo, o que deve demorar ainda cerca de 60 dias. “ Estamos na fase de contratação e após assinado o contrato a empresa terá um prazo de um ano para nos apresentar o estudo, consistente e detalhado, que vai apontar qual o traçado. Ou seja, com qual porto ela vai ser ligada. Depois disso, teremos mais um ano para fazermos o projeto executivo e então partirmos para contratação da obra, concessão ou formação de uma PPP”, explicou.
Segundo Sergio Lobo, esse estudo vai apontar as melhores condições econômicas e ambientais para determinar a viabilidade do negócio. “Hoje temos diversas correntes dentro do Estado brigando, no bom sentido, para que a ferrovia passe por sua região ou chegue na sua região. Mas somente de posse desse estudo é que poderemos então discutir com as autoridades e com os interessados em fazer e operar a ferrovia”, finalizou.
CRITÉRIO TÉCNICO- O secretário de Infarestrutura, Valdir Cobalchini, ponderou na reunião que o Governo do Estado deve aguardar pelo resultado desse estudo para então se posicionar. “Entendo que deva prevalecer a questão técnica que o estudo vai apontar para que seja definido o traçado. Não devemos entrar nas questões regionais, mas trabalhar em conjunto para que essa ferrovia se torne realidade o mais rápido possível, porque não podemos ficar fora desse modelo de transporte”, afirmou. “O importante é que tenhamos essas ferrovias em nosso Estado”, completou.
De acordo com Cobalchini, o Estado defende a construção das três ferrovias planejadas: a norte-sul, que vai garantir a matéria-prima para as indústrias do Oeste, a leste-oeste que ligará a região produtora aos portos e a litorânea que vai integrar nossos portos. “Santa Catarina precisa dessas três ferrovias para sustentar a sua economia. E entendo que o Governo e a classe produtiva trabalhem junto com o Governo Federal para que possamos superar essa pauta e tornarmos realidades esses projetos”, argumentou.
Cobalchini defende a construção, que pode ser com o aproveitamento das ferrovias já existentes na região, de um ramal que ligue todos os municípios do planalto norte, meio-oeste e oeste a essa ferrovia. “Vim solicitar que o estudo leve em conta as ferrovias já existentes, na sua maioria desativadas mas que podem ser aproveitadas, para que municípios como Caçador, Videira, Joaçaba, Concórdia e Seara também também sejam interligados nessa ferrovia, já que são todos municípios exportadores e precisam de acesso direto aos portos”, enfatizou. “Temos também o ramal que vai do Planalto Norte para Lages e que podem muito bem ser interligado com essa ferrovia. Por isso estamos insistindo que esse estudo que está sendo contratado leve em conta essas ferrovias já existentes e essas regiões”, completou.
15/02/2014 - 22:51 | sorrindo
Conclui a universidade em 1992 e já falava-se dessa ferrovia. Passados 22anos ainda se discute por onde vai passar. Hoje as cargas tem dia e hora marcadas para entrega e trem serve para transportar cargas pesadas e em grande quantidade. Quanto custa?
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