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A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Florestas) promoveu nesta quinta-feira (25) em Caçador na Câmara de Vereadores, encontro com representantes do Poder Público Municipal, Epagri, empresários, entidades ligadas a área e sociedade civil, para falar sobre o Bosque Modelo Caçador (BMCDR). O intuito foi discutir a forma de organização e a agregação de novas instituições/pessoas físicas, além de definir prioridades de ação e uma agenda mínima de atividades.
Os Bosques ou Florestas Modelo constituem um processo voluntário de alianças participativas, por meio das quais indivíduos e grupos representando valores e interesses diversos trabalham conjuntamente, visando o desenvolvimento sustentável de um território (paisagem) onde a floresta desempenha um papel importante. A Rede Internacional de Bosques Modelo (RIMB), fundada no Canadá em 1992, engloba a Rede Iberoamericana, a qual o Brasil pertence. O objetivo dessa associação voluntária é definir, articular e administrar um programa de trabalho que reflita as prioridades, virtudes e oportunidades próprias dos Bosques Modelo das Américas, Caribe e Península Ibérica.
O prefeito de Caçador, Gilberto Comazzetto, esteve na reunião da Embrapa Florestas juntamente com o secretário municipal de Agricultura, Eduardo Scapinelli e a diretora operacional da Fundação do Meio Ambiente (Fundema), Mariana Soares Philippi. O Bosque Modelo Caçador ocupa toda a superfície do município envolvendo a Estação Experimental da Embrapa e a Floresta Nacional de Caçador como núcleos. Podem se associar ao Bosque Modelo comunidades locais, indústrias da região, proprietários rurais, associações comerciais, ONGs, escolas e universidades, governo e outras instituições públicas e privadas.
“A vinda da Embrapa para Caçador começou a ser projetada há algum tempo e trouxe para o nosso município o conhecimento técnico através de seus centros de pesquisa, assim como subsídios para nossa economia, apresentando novas oportunidades de negócio e novas tecnologias, movimentando a agricultura familiar, o setor leiteiro, entre tantos outros. Isso gera divisas para o município sem contar a busca de recursos federais para todas as demandas e o fortalecimento do setor do turismo. A Prefeitura de Caçador estará junto nestas ações para o desenvolvimento e manterá estreitos laços com a Embrapa principalmente através da Secretaria Municipal da Agricultura e Fundema”, disse o prefeito Gilberto Comazzetto.
Bosque Modelo Caçador
O Bosque Modelo Caçador é o terceiro a ser criado no Brasil e o primeiro na região Sul, sendo os outros, o BM Mata Atlântica e o BM Pandeiros, no Estado de Minas Gerais. Possui como área núcleo a Estação Experimental da Embrapa em Caçador, gerenciada como campo experimental da Embrapa Florestas (Colombo/PR), com uma reserva florestal de mais de mil hectares. Desde o ano de 2002, a equipe do Laboratório de Monitoramento Ambiental desenvolve no local pesquisas ligadas à área de silvicultura e manejo para a conservação e uso sustentável da floresta com araucária.
Com a inclusão de Caçador, o número de Bosques Modelo passa a ser 59, distribuídos em 14 países da América, Ásia, África e Europa, contemplando mais de 31 milhões de hectares.
O BM Caçador foi criado com 98 mil hectares, cobrindo a área do município, mas poderá ser ampliado ao longo de sua maturação. Segundo a pesquisadora Maria Augusta Doetzer Rosot, “pretende-se intensificar a atuação da Embrapa e parceiros na área, oferecendo aos proprietários rurais locais, opções de renda e soluções tecnológicas já validadas na área florestal e agroflorestal e, em próximas etapas, aproximar pesquisadores de outras áreas e Unidades de Pesquisa para a integração de esforços em torno das pequenas propriedades e, também, das empresas ligadas ao setor florestal”.
De acordo com os estudos realizados, a região de Caçador possui notadamente vocação florestal, sendo que este componente se insere de forma marcante na paisagem. Assim como em outras regiões da Floresta de Araucária, em Caçador também se observa:
- Pressão sobre os recursos florestais nativos - com tendência crescente em função do aumento da população e necessidades socioeconômicas associadas;
- Baixa valorização das florestas ou fragmentos de florestas nativas nas propriedades - recursos não utilizados, competição com outros usos do solo mais intensivos e rentáveis;
- Alto custo e falta de técnicas apropriadas - para a recuperação de áreas degradadas e/ou recuperação da Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente (APP);
- Desmatamento e/ou extração indiscriminada de espécies florestais - redução da biodiversidade, esgotamento do recurso, empobrecimento da floresta, deterioração da paisagem, aumento da erosão e assoreamento, danos aos mananciais hídricos;
- Falta de ordenamento territorial (zoneamento) - conflitos no uso do solo (legislação, aptidão de solos, produtividade, questões fundiárias).
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