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SISTEMA FIESC

Movimento "A Indústria pela Educação" realiza seu primeiro evento de 2013

Lançamento foi realizado no Centro Administrativo e Reitoria da UNIARP em Caçador

10/05/2013 às 16:13

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Industriais da região de Caçador aderiram na noite desta terça-feira, 8, ao Movimento A Indústria pela Educação, do Sistema FIESC, que realizou no município o seu primeiro evento do ano. "Nossa indústria não terá condições de competir por preço com os produtos que chegam ao mercado brasileiro. Ela precisa ser flexível, ágil, criativa e ter uma assistência rápida aos clientes. Ela precisa se preocupar cada vez mais com o design e com a inovação e estar focada nas demandas do mercado. Para isso precisamos de trabalhadores qualificados, com maior nível de escolaridade", defendeu o presidente do Sistema FIESC, Glauco José Côrte.
O empresário lembrou que, embora Santa Catarina tenha estatísticas acima da média nacional no que se refere à educação, não está em situação confortável para enfrentar a concorrência internacional. "Na última década, a produtividade do trabalhador brasileiro subiu apenas 0,6%. Mas nós precisamos produzir mais, com menos trabalhadores para sermos competitivos", afirmou, alertando para o fato de que a escassez de força de trabalho qualificado não vai diminuir. Pelo contrário, vai aumentar, em função da redução dos índices de natalidade do País.
As deficiências educacionais estão na raiz da discrepância entre indicadores como o do Produtor Interno Bruto brasileiro, que é o sétimo maior do mundo, e outros, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), em que o País ocupa a posição 84 ou o da produtividade, em que está em 75º lugar, salientou o professor Mozart Neves, membro da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação. Ele lembrou que apenas o equivalente a 10% dos estudantes do ensino médio no País estão em escolas de ensino técnico, participação muito inferior à de países que se destacam pela presença de uma indústria competitiva, como a Alemanha.
"Precisamos elevar a escolaridade básica, a qualificação e o desenvolvimento profissional. Mais importante do que os prédios para as salas de aula, é termos gente bem formada e motivada", afirmou, referindo-se aos professores. E chamou atenção para o dinamismo do ambiente atual. "Conforme o Departamento do Trabalho Americano, os dez empregos que mais ofereceram vagas em 2009 não existiam ainda em 2004".
A educação precisa ser incorporada ao planejamento estratégico das empresas, da mesma forma que se faz, por exemplo, com a aquisição de equipamentos, defendeu o superintendente do SESI, Hermes Tomedi. Ele citou como exemplo a Finlândia, que rapidamente conseguiu transformar sua economia, que era baseada na agricultura, a partir de investimentos consistentes na educação. E estimulou a indústria catarinense a participar do Movimento, citando estatísticas. "A evasão na Educação de Jovens e Adultos no Brasil é de 50%. Em Santa Catarina está em 30%. Isso não é aceitável. Empresas que aderiram ao Movimento e que implantaram políticas nesse sentido conseguiram reduzir esse índice para 2%", afirmou.
Ao encerrar sua fala, Glauco José Côrte, reafirmou à comunidade industrial o compromisso do Sistema FIESC, que programa mais de 800 mil matrículas em três anos, em qualificar os trabalhadores que forem encaminhados. "Sabemos que num período como o atual, de pleno emprego, o desafio é maior, pois há menor interesse pela qualificação. Mas eu faço um apelo: ajudem-nos. Entreguem-nos seus trabalhadores, que devolveremos ótimos profissionais e ótimos cidadãos", disse.
 

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