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SOLUÇÃO CORRETA

O pet morreu: E agora, o que fazer com o corpo do animal?

Enterrar o bichinho em terrenos ou quintal é proibido por lei e pode contaminar o meio ambiente

06/02/2023 às 19:22

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Nos dias atuais, os animais domésticos assumiram um lugar de destaque em nosso cotidiano, sendo muitas vezes considerado como um membro da família. Esta proximidade e interação sentimental, torna ainda mais complexo o momento do falecimento do animalzinho, fazendo com que muitas vezes o tutor não consiga lidar adequadamente com a destinação do corpo deste pet.

           

O Médico Veterinário e Professor do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, Douglas Evandro dos Santos, afirma que enterrar o animal em terrenos baldios ou no próprio quintal é uma opção que deve ser descartada pelo tutor enlutado, sendo inclusive um ato ilegal com previsão de pena de prisão ou multa, haja vista a possibilidade de contaminação do solo e riscos à saúde pública. 

“A perda de um animal de estimação é dolorosa, pois nossos pets são como membros de nossas famílias. Muitos tutores desconhecem que é preciso encaminhar o corpo para serviços públicos ou empresas especializadas que poderão enterrar ou realizar a cremação de forma correta do animal falecido”. 

O QUE FAZER COM O CORPO DO ANIMAL FALECIDO? 

Contate o Centro de Controle de Zoonoses: em muitos municípios do Brasil, as prefeituras oferecem o serviço gratuito de retirada e destinação correta dos animais. Neste caso, é preciso entrar em contato com os órgãos locais para agendar a retirada ou levar até ao endereço indicado. 

O tutor deve embalar o pet dentro de um saco plástico resistente e lacrado, e informar a possibilidade de o pet ter vindo a óbito em decorrência de doenças infectontagiosas, pois nestes casos os profissionais em saúde irão avaliar o pet para identificar riscos à saúde pública. 

Os CCZs também são responsáveis por resgatar animais de rua que falecem, investigando as causas da morte e possíveis riscos à população antes de dar uma destinação final ao pet. 

Contate uma clínica veterinária: muitas clínicas veterinárias oferecem serviços destinação em parceria com empresas autorizadas pelo poder público para realização deste serviço. 

Se o animal estiver doente já há algum tempo e falecer na clínica, possivelmente a equipe vai oferecer opções para a destinação do pet. Se o pet falecer em casa, o tutor pode contatar a clínica mais próxima para pedir ajuda sobre a destinação. 

Os preços podem variar de populares até cerca de R$ 600, a depender da localidade. 

Contrate um serviço especializado: muitas empresas oferecem serviços exclusivos e personalizados de velório e enterro de pets em cemitérios profissionais, como os que recebem pessoas; e ainda a contratação de cremação individual ou coletiva, em que o tutor pode optar, inclusive, por receber ou não as cinzas do animalzinho. Os preços podem variar de populares até cerca de R$ 2000, a depender da localidade. 

Há também opções de planos funerários mensais, semelhantes aos planos para pessoas, que podem custar até cerca de R$ 50 mensais. 

Não enterre o animal no quintal: a decomposição do cadáver do pet pode liberar chorume, um líquido rico em bactérias, salmonela e duas substâncias potencialmente tóxicas para o solo, lençóis freáticos e poços artesianos: putrescina (molécula formada a partir de carne podre) e cadaverina (molécula produzida a partir de tecidos orgânicos de corpos em decomposição). 

O enterro irregular pode ser enquadrado no Art. 54. da Lei Federal 9605/1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e prevê pena de reclusão, de um a quatro anos, e multa, para quem “causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a morte de animais ou a destruição significativa da flora”. 

 

 

 

 

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