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A Guerra na Ucrânia tem deixado o mundo sob suspense desde a semana passada. Era madrugada da quinta-feira (24) em Kiev, final da noite de quarta-feira (23) no Brasil, quando as tropas russas invadiram violentamente o solo ucraniano.
Em menos de uma semana, a guerra já deixou mais de 350 civis ucranianos mortos - incluindo crianças - e pelo menos 660 mil pessoas refugiadas em outros países, segundo a ONU. Mas, afinal de contas, por que essa guerra está acontecendo?
O porquê da Guerra na Ucrânia
A Guerra na Ucrânia é motivada por interesses do presidente da Rússia, Vladimir Putin. O russo está no poder desde o ano 2000, é chamado de ditador por vários líderes mundiais (como pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, por exemplo). Putin é um ultranacionalista - isto é, ele quer colocar a Rússia sempre em primeiro lugar, independentemente de eventuais problemas causados a outras nações.
1. OTAN
Vários motivos são apontados como causa da guerra iniciada pela Rússia. O mais evidente e urgente é que Vladimir Putin é contra a entrada da Ucrânia na OTAN, que é um grupo de países que tem por objetivo proteger política e militarmente as nações que estão nesta aliança.
OTAN é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte. Por enquanto, 30 países integram esse grupo. A Ucrânia não faz parte dessa aliança de países, mas quer entrar. A Rússia que também não faz parte da OTAN se sente ameaçada pelo crescimento do grupo.
Putin acredita, por exemplo, que a entrada da Ucrânia na aliança militar pode fazer com que a Rússia perca a Crimeia (uma região ao sul da Ucrânia que foi tomada pelos russos em 2014).
O presidente russo diz que não vai retirar as tropas russas do solo ucraniano, enquanto não tiver garantias de que a Ucrânia não vai entrar na OTAN.
No entanto, líderes mundiais condenam a Rússia por usar a força militar para tentar impedir a entrada da Ucrânia na OTAN. Como um país independente, a Ucrânia deve ter liberdade para escolher com quais países deseja se aliar. A Rússia poderia até tentar convencer com argumentos a Ucrânia a desistir de entrar na OTAN, mas jamais iniciar uma guerra por causa disso.
2. Recriação da URSS
Na semana passada, poucas horas após a invasão russa, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um alerta importante. Segundo o americano, Vladimir Putin deseja a recriação da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), um bloco de países que seguia a ideologia comunista durante a Guerra Fria e que acabou em 1991. A Rússia e a Ucrânia eram alguns dos países que integravam a URSS no século passado.
A tese ganha força já que uma das exigências de Putin é também que a OTAN remova forças e infraestrutura militar dos países que se uniram à aliança militar após o ano de 1997. Isso inclui nações da Europa Central, do Leste Europeu e dos Bálticos.
O que diz o presidente russo?
Para tentar convencer o mundo de que está certo, Vladimir Putin dá versões mentirosas sobre o conflito.
3. Genocídio
No leste da Ucrânia, já na fronteira com a Rússia, a região de Donbass tem dois grupos de separatistas (pessoas simpatizantes do governo russo, que gostariam que aquele território se anexasse à Rússia).
Vladimir Putin acusa o governo ucraniano de ser neonazista e que mata em massa a população da região de Donbass. Vários analistas consideram o argumento sem fundamento nenhum. Chamar o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de neonazista chega a ser ridículo, uma vez que Zelensky é judeu.
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