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Santa Catarina divulgou nesta quarta-feira (16), o plano estadual de vacinação contra a Covid-19. O anúncio foi feito logo após o planejamento nacional ter sido divulgado nesta manhã, em Brasília. A intenção é vacinar 2.802.639 pessoas do grupo prioritário "em um primeiro momento" da imunização, informou o governo do estado.
O documento catarinense não cita quais vacinas serão aplicadas, pois o Estado deve usar as que forem disponibilizadas pelo Ministério da Saúde. Até o momento, não há imunizantes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O governo federal diz que o cronograma de vacinação depende da aprovação do órgão.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) deve usar as vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde. No entanto, o governo diz que reserva R$ 300 milhões suficientes para comprar cinco milhões de doses.
"Em caso de necessidade, será avaliada a possibilidade de aquisição direta de vacinas de fabricantes com registros devidamente aprovados e validados pela Anvisa", afirmou o governo do estado em documento.
Parte dos insumos a serem usados também devem ser enviados pelo Ministério. O governo catarinense está adquirindo 11.137.000 agulhas e 11 milhões de seringas. Há ainda agulhas e seringas no estoque do almoxarifado da Superintendência de Vigilância em Saúde.
Seguindo o plano nacional, o documento divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) prevê a vacinação primeiro para grupos considerados prioritários, por estarem mais expostos ao coronavírus ou serem mais vulneráveis à doença.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Santa Catarina tem uma população estimada de 7.252.502 milhões. (Veja abaixo o público-alvo por fase)
Fases
Primeiro devem ser vacinados os trabalhadores da saúde, a população idosa a partir dos 75 anos de idade, as pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e a população indígena.
Na segunda fase, a previsão é de que serão vacinadas pessoas de 60 a 74 anos.
No terceiro momento, a imunização será em pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença, entre os quais portadores de doenças renais crônicas e cardiovasculares, entre outras.
Na quarta, professores, profissionais das forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional estão incluídos.
Na quinta-feira (11), o governo de Santa Catarina pediu ao Ministério da Justiça que os servidores da segurança sejam incluídos na 1ª fase da vacina contra Covid-19. Segundo o presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial de Santa Catarina, delegado-geral Paulo Koerich, a situação causa apreensão em razão das especificidades do trabalho desenvolvido pelos agentes.
Apesar do pedido, o governo catarinense não mudou o grupo prioritário e, no anúncio, segue com o planejamento de fases feito pelo Ministério da Saúde.
Logística
Presente na cerimônia em Brasília, o governador Carlos Moisés (PSL), afirmou que por enquanto o estado trabalha com a logística para a vacinação. Além disso, Santa Catarina reforça o alinhamento com o Governo Federal, por meio do Programa Nacional de Imunização.
"Estamos trabalhando em questões como insumos, como as seringas e agulhas, reforçando a nossa rede de frios para garantir o armazenamento, assim como a ampliação da rede elétrica e das salas de vacinação. Também estamos expandindo nosso quadro de vacinadores".
Estratégia de vacinação
Como estratégia de vacinação, o governo catarinense propõe que os municípios se organizem em horário e locais previamente identificados. O uso de escolas, vacinação com hora marcada, drive-thru, residencial ou até mesmo em escolas também é citada no documento.
Santa Catarina tem 1.186 serviços cadastrados como salas de vacinação que podem ser usadas para a imunização. Segundo a SES, "um quantitativo ampliado de estruturas e insumos serão necessários para esta campanha de vacinação considerando que dos 295 municípios, 174 possuem uma sala de vacina".
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