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A corrida dos cientistas para lançar uma vacina contra a Covid-19 ganha um novo competidor de peso, que sai na frente: a Rússia. O país anunciou nesta segunda, 13 de julho, que o imunizante desenvolvido por lá passou nos testes. Assim, a Rússia passa a ser o primeiro país do mundo a concluir testes em humanos.
“A pesquisa foi concluída e provou que a vacina é segura”, disse Yelena Smolyarchuk, chefe do centro de pesquisa clínica da Universidade Sechenov, à agência de notícias russa TASS.
Com isso, a previsão é que o imunizante seja registrado e entre em “circulação civil” entre os dias 12 e 14 de agosto. Já o início da produção em massa é aguardado até setembro, por parte de empresas privadas.
Controvérsias
A corrida da Rússia em anunciar uma vacina, com apenas dois meses de testes, tem feito especialistas torcerem o nariz. Eles criticam a forma acelerada como o país vai colocar o imunizante no mercado, sem fazer mais testes e sem esperar pra ver a reação do corpo humano ao medicamento.
Os testes começaram em junho e envolveram dois grupos. O primeiro tinha 38 voluntários saudáveis, com idades entre 18 e 65 anos. Na mesma época, 47 militares russos iniciaram um outro ensaio clínico paralelo de dois meses com a mesma vacina, desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa Gamalei para Epidemiologia e Microbiologia.
Todos os voluntários passaram 28 dias isolados para protegê-los da exposição a outras infecções.
Os testes mostraram que eles formaram uma resposta imune após as injeções e não desenvolveram nenhuma reação atípica. Alguns tiveram apenas dores de cabeça e uma temperatura corporal elevada, que passou 24 horas depois.
A doença na Rússia
A Rússia tem o quarto maior número de infecções por coronavírus do mundo. Está atrás dos Estados Unidos, Brasil e Índia. Até o momento, o país tem 732.547 casos e 11.422 mortes, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.
Vacinas no mundo
Atualmente, existem pelo menos 21 vacinas em estágio mais avançado de testes em humanos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Duas delas estão no Brasil: a de Oxford e a do Butantan, ambas na fase 3 de testes.
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