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Depois de um impasse, causado pela falta de comunicação ao município, por parte do Governo do Estado ou do Ministério da Saúde, e de algumas questões sanitárias verificadas junto ao trabalho das equipes de SP, Caçador vai receber uma pesquisa, organizada pela Universidade de Pelotas e pelo Ibope, patrocinada pelo Ministério da Saúde, a respeito da Covid-19.
A equipe de pesquisadores deve retornar para Caçador e iniciar os trabalhos de coleta dos dados já nesta semana, já que, na semana passada, houve a paralisação. “Não recebemos nenhum tipo de informação, nem da Secretaria de Estado da Saúde e nem do Ministério da Saúde. Por isso, nem sabíamos que esta pesquisa aconteceria aqui. Mas, agora, foi tudo resolvido. Queremos, inclusive, pedir para a comunidade receber bem estas pessoas, pois estes dados coletados poderão ser utilizados para monitoramento por parte da Secretaria de Saúde de Caçador”, destacou o secretário Ademar Schmitz.
Entretanto, cabe ressaltar que não se trata da realização de testes em massa na população e que estes testes não estarão disponíveis para qualquer pessoa. “Faremos três etapas de 255 amostras, baseadas em uma definição do próprio Ibope quanto aos bairros, ruas, sexo e idade dos entrevistados. Além da entrevista, vamos coletar sangue para realização dos testes rápidos”, explicou o supervisor da pesquisa em Caçador, João Reinaldo.
Os pesquisadores estarão devidamente identificados e paramentados, com EPIs e todas as regras de segurança e higiene. “Estaremos em 10 pessoas, percorrendo os bairros da cidade. Caçador é uma das 7 cidades escolhidas dentro de Santa Catarina por ser a maior desta região”, acrescentou João.
A enfermeira Paula Xavier, da Vigilância Epidemiológica, vai acompanhar os trabalhos dos pesquisadores, a pedido da Vigilância Sanitária. “Nós tomamos todos os cuidados necessários para proteger a nossa população”, finalizou o secretário Ademar.
A partir desta terça-feira, 19, a Prefeitura vai informar amplamente, em todos os veículos de comunicação, todos os dias, a respeito dos bairros e localidades em que os pesquisadores estarão. A pesquisa deve iniciar na quarta-feira, dia 20.
Pesquisa
O estudo parece uma pesquisa de opinião, eleitoral, por exemplo. Mas, em vez de contar suas preferências para o entrevistador, a pessoa sorteada pela pesquisa dá uma amostra de sangue da ponta do dedo, coletada em sua casa. Com o teste de uma parcela da população, é possível estimar quantos foram infectados no país inteiro.
Durante a pesquisa, as pessoas são entrevistadas e testadas em casa, por meio de sorteio aleatório. Se o resultado do teste der positivo, os profissionais entregam informativo com orientações e repassam o contato do participante para a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, que ficará responsável por informar as secretarias de Saúde locais para acompanhamento e suporte dos casos. Enquanto aguardam pelo resultado, os entrevistados também responderão a um questionário sociodemográfico e indicarão se estão sentindo sintomas característicos da covid-19.
Os dados coletados servirão de base para estimar o percentual de brasileiros infectados, avaliar os sintomas mais comumente relatados, estimar recursos hospitalares necessários ao enfrentamento da pandemia e permitir o desenho de estratégias para abrandar as medidas de isolamento social.
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