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Transformação do CEFET-SC em IFSC completa cinco anos no domingo

Mudança trouxe benefícios para a instituição, que teve acesso a maior orçamento, a mais vagas via concurso público, a melhorias na carreira dos servidores, dentre outros

27/12/2013 às 00:55

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No próximo domingo, dia 29, completam-se cinco anos da transformação do Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina (CEFET-SC) em Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC), por meio de Lei 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Com a mudança, a instituição passou a ser um dos 38 institutos federais do País, especializada na oferta de educação superior, básica e profissional e dedicando-se ao ensino, à pesquisa e à extensão.
A mudança trouxe benefícios para a instituição, que teve acesso a maior orçamento, a mais vagas via concurso público, a melhorias na carreira dos servidores, a maior fomento à pesquisa e a extensão e a recursos para implantação da assistência estudantil. Com isso, conseguiu abrir mais cursos, atender a mais estudantes e implantar novos câmpus.
Os números mostram o crescimento da instituição nesse período. O número de unidades de ensino passou de sete em 2008, no último ano como CEFET-SC, para 21 em 2013. Em cinco anos, o orçamento anual da instituição passou de R$ 73,2 milhões para R$ 239,1 milhões.
Em 2008, foram 58 cursos oferecidos. Em 2012, dado mais recente disponível, esse número foi de 306. Consequentemente, o total de alunos matriculados também aumentou nesse período, passando de 6.172 (2008) para 26.623 (2012). O total de alunos matriculados saltou de 6.172 em 2008 para 26.623 em 2012.
A reitora Maria Clara Kaschny Schneider considera que o principal benefício que a sociedade catarinense teve com a criação do IFSC foi a inclusão social, com a ampliação do número de câmpus no Estado, especialmente no interior. “Essas regiões não tinham nenhuma possibilidade de educação publica federal. Conseguimos nos interiorizar construindo campus com a melhor infraestrutura de ensino e pesquisa e com laboratórios bem equipados, de ponta. Programas como Proeja, Pronatec e Mulheres Mil também trazem novas perspectivas na vida de pessoas antes excluídas da educação formal”, diz.
Maria Clara lembra que em 2008 o CEFET-SC teve a melhor pontuação dentre todos os centros federais de educação tecnológica do País no Índice Geral de Cursos (IGC), calculado pelo Ministério da Educação, e que o mesmo ocorreu com o IFSC dentre os institutos federais nos últimos cinco anos (2009, 2010, 2011, 2012 e 2013), o que demonstra a qualidade do ensino oferecido na instituição. “Tivemos também o maior número de projetos de pesquisa e extensão aprovados pelo CNPq, agora em dezembro, mais um resultado muito positivo, mas temos muitos ainda a fazer para oportunizar a melhor educação profissional e tecnológica aos catarinenses”, pondera.
Nova instituição, mas com história centenária
Na época de sua criação, pela Lei 11.892/2008, os institutos federais (IFs) foram um tipo de instituição de ensino nova no País. Atuando tanto na educação básica como na profissional e na superior, os IFs oferecem cursos em diversos níveis, desde a formação inicial e continuada (FIC) até a pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado). A lei exige que pelo menos 50% das vagas sejam abertas em cursos técnicos e outros 20% para cursos de licenciatura, que visam a formar professores. Por meio de regulamentação interna, o IFSC estabeleceu, ainda, que 10% de suas vagas a partir de 2014 serão abertas para cursos que integram a educação profissional com a educação de jovens e adultos.
Embora novo como instituto federal, o IFSC tem uma trajetória centenária. A instituição foi criada em 1909, como Escola de Aprendizes Artífices de Santa Catarina. Chamou-se também Liceu Industrial de Florianópolis (1937-1942), Escola Industrial de Florianópolis (1942-1965), Escola Industrial Federal de Santa Catarina (1965-1968), Escola Técnica Federal de Santa Catarina (1968-2002) e CEFET-SC (2002-2008).
Comunidade interna escolheu mudança
A mudança de CEFET-SC para IFSC ocorreu depois de consulta à comunidade interna (alunos e servidores), por meio de votação realizada em 2008. Havia duas teses desenvolvidas e defendidas por servidores da instituição, uma a favor à transformação para instituto federal e outra favorável à manutenção do CEFET-SC. A tese que defendia a transformação venceu com 76,06% dos votos, contra 21,14% de votos para a tese da manutenção do CEFET-SC e 2,8% de votos em branco ou nulos. No total, 2.426 alunos e 667 servidores votaram.
O CEFET-SC foi, na época, a única instituição do país a adotar a consulta à comunidade interna por meio de votação para definir a transformação em IFSC. A diretora-geral do CEFET-SC na época, Consuelo Sielski Santos, afirma que a escolha pela votação ocorreu porque a instituição tinha uma gestão democrática e participativa e por causa das grandes mudanças que estariam por vir. “Seria uma grande mudança na gestão e nos processos. Teríamos que ouvir a comunidade, e a vontade da maioria teria que prevalecer. Sei que foi um grande desafio, mas valeu a pena”, comenta Consuelo, que atualmente ocupa o cargo de chefe da Universidade Corporativa dos Correios, em Brasília.
Com a votação indicando a preferência da comunidade interna pela transformação em instituto federal, o CEFET-SC enviou ao Ministério da Educação (MEC) o seu projeto para transformação em IF, atendendo à chamada pública 002/2007 do MEC.
Consuelo foi também a primeira reitora do IFSC. Nomeada pelo MEC no início de 2009, ela ficou no cargo até junho de 2011. Passados cinco anos da mudança, ela comemora os resultados obtidos. “Penso que há muito por fazer ainda, mas não tenho dúvidas de que a sociedade catarinense ganhou muito com essa transformação. Muitas pessoas tiveram mais oportunidades de estudos e de emprego quando levamos a educação profissional para o interior de Santa Catarina”, afirma Consuelo.
 

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