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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Diagnóstico precoce facilita a cura da hanseníase

03/02/2013 às 17:00

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Dia 27 de janeiro foi comemorado o Dia Mundial da Luta Contra a Hanseníase e no Brasil esta data possui um significado importante, pois o país ocupa a segunda posição no mundo em detecção de casos da doença, cerca de 40 mil por ano.
O Estado de Santa Catarina apresenta uma das menores taxas de diagnósticos de casos novos por ano, mas a doença continua a ser um grave problema de saúde pública devido a alta porcentagem de casos com algum grau de incapacidade física ou deformações.
A enfermeira da Vigilância Epidemiológica de Caçador, mestre em Saúde Coletiva, Paula Brustolin Xavier, comenta que no município é feito o registro anual dos casos da doença e até o momento ao longo dos anos foram 107 indivíduos notificados, sendo os últimos 14 casos de 2007 até agora. Paula também revela que na análise dos dados em Caçador observa-se um predomínio do sexo masculino totalizando 61% dos casos, no entanto a literatura especializada não apresente que a doença se manifeste com maior incidência em determinado sexo.
“Outro dado importante a ser considerado é a faixa etária das pessoas acometidas, sendo que a grande maioria, ou seja 65% dos portadores, encontravam-se entre 34 e 49 anos, faixa essa altamente produtiva laboralmente. Os demais casos estão distribuídos nas outras faixas de idade”, explica a enfermeira da Vigilância.
Para ela, a maior preocupação com relação a Hanseníase está no diagnóstico. “Os profissionais de saúde devem estar em alerta quanto a manchas ou lesões na pele das pessoas, com alteração de sensibilidade e ou coloração, pois isso nem sempre pode ser a queixa principal do cidadão que procura o serviço de saúde. Os sintomas podem também ser confundidos com lesões por esforços repetitivos, uma vez que ocorre acometimento neural (nervos) com espessamento ou alteração da força muscular. Precisamos nos empenhar para fazer um diagnóstico precoce e iniciar o tratamento o mais cedo possível. Hanseníase tem cura, vamos nos unir e acabar com esse mal em Caçador”, declara Paula Brustolin Xavier.
Dados gerais
A hanseníase não é hereditária e é uma doença que tem tratamento e cura. A luta contra a doença depende muito do diagnóstico precoce e este depende das informações sobre a doença, suspeitas, sinais e sintomas que devem ser incessantemente divulgados à sociedade e as equipes de saúde.
Um caso suspeito de hanseníase é uma pessoa que apresenta um ou mais dos seguintes sintomas: lesão (ões) de pele com alteração de cor e de sensibilidade ao calor, frio, à dor, ao tato, dormência, formigamento, nódulos (caroços doloridos) edemas (inchaços), manchas esbranquiçadas, acometimento de nervos periféricos (pele) troncos nervosos com espessamento neural.
O diagnóstico precoce da hanseníase e o seu tratamento adequado evitam a evolução da doença e consequentemente impedem a instalação de incapacidades físicas e deformidades que são responsáveis pelo preconceito e discriminação aos portadores da mesma.
A hanseníase está inserida nas ações da atenção básica, os municípios recebem recursos financeiros para desenvolvimento das atividades de prevenção e controle da doença. A unidade de saúde municipal tem a obrigação e pode diagnosticar e tratar seus doentes, bem como buscar e monitorar seus contatos.
Santa Catarina, em 2011, diagnosticou 224 casos novos de hanseníase, sendo um Estado com baixa endemia, apresentando taxa de detecção de 3,5 por 100 mil habitantes. Em 2013 o trabalho para controlar a hanseníase continua , focando na importância do envolvimento de cada município e dos profissionais de saúde, no sentido de um efetivo controle da doença.

 

 


 

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