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Adelcio Machado dos Santos

Diálogo Interreligioso – Premissas Basilares

13/09/2011

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Busca-se apoio em Pikaza (2008): por que há tantas religiões? Não seria melhor que houvesse somente uma, para assim unir todos os homens da Terra? O autor responde afirmando que a diversidade das religiões torna-se positiva para o entendimento entre os homens. Não coaduna com a democracia a existência de somente uma religião, entendida no sentido institucional, porque poderia se transformar em monocracia; e, mormente, porque nos impediria de descobrir e valorizar a transcendência de Deus, riqueza da vida humana.

A unidade que se busca não é um sistema unificado de cima para baixo, nem brota do domínio de uma hierarquia única de sábios ou sacerdotes sobre o conjunto dos homens, mas é comunhão e harmonia na variedade. Como as partes de um organismo vivo, como as cores do espectro da luz, como as notas de uma melodia, como os dons e carismas de uma comunidade viva..., assim são as religiões (PIKAZA, 2008).

O hoje Papa Bento XVI, Cardeal Ratzinger (RATZINGER, 2008) preleciona que a palavra pluralismo foi criada na Inglaterra por volta da virada do século XX, para a área político-social. Opunha-se a uma doutrina de soberania em que ao Estado e às suas exigências contrapunham-se unicamente os indivíduos.

Diante desta exigência puramente estatal, o pluralismo afirma que cada indivíduo está inserido em uma variedade de grupos sociais, de onde resulta também uma variedade de papéis, nenhum dos quais esgota o ser humano por completo. O Estado, nessa visão, é apenas um grupo entre outros. Não pode exercer nenhuma autoridade última sobre o homem, ele apenas pode exigi-la em um determinado papel social, lado a lado com outros papéis sociais (RATZINGER, 2008).

Os hodiernos veículos de comunicação reduziram distâncias e tornaram mais próximos povos e suas culturas. O aparecimento de uma cultura globalizada é seguido pelo desejo de afirmação das culturas regionais. O que é justificável, considerando que está em jogo a identidade de cada povo.

Por sua vez, conforme preleciona Miranda (2001), a sociedade contemporânea se distingue pela convivência de situações existenciais distintas, pelo convívio de mentalidades diferentes, que comprovam ser a multiplicidade cultural não só um fato mundial, em geral, e de igual forma de toda grande cidade em particular. Atualmente tem-se de adquirir a habilidade de coexistir, respeitar e dialogar com o diferente, na medida em que o universo cultural em que se vive é pluralista.

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