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Márcio Cordeiro

Casan sai ou fica?

13/08/2015

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Diante da repercussão dos fatos que envolvem os serviços de fornecimento de água e de prestação de serviços de saneamento básico, sinto-me na obrigação de tecer alguns comentários com relação aos últimos acontecimentos que giram em torno do tema. Eu na verdade não pretendia mais falar sobre este assunto, porém a audiência pública realizada ontem na Câmara Municipal de Caçador me obriga a fazer uma nova análise.

Casan sai ou fica? I

Sem fazer qualquer tipo de comparação com outras ações e projetos desenvolvidos pelo prefeito Beto Comazzetto, pode se julgar sua decisão de abrir um processo licitatório, como uma atitude no mínimo responsável; e por que não dizer, “digna de um prefeito que está tentando cumprir seu papel de gestor da máquina pública oferecendo uma solução técnica e prática para um problema mais do que urgente”.

Porém, afora a necessidade que a população tem de receber água tratada e o básico do saneamento para se ter qualidade de vida, deve-se lembrar que a maior interessada em manter o contrato com Caçador continua sendo a Casan, isto por que os lucros que a estatal arrecada em Caçador chegam a R$ 1milhão por mês. Portanto conclui-se que não priorizar e não investir num cliente que lhe oferece um dos melhores índices de lucratividade em entre cerca de 200 municípios, é esnobar da própria sorte.

Casan sai ou fica? II

Não é de hoje que a administração pública de Caçador tenta conversas, pactos e até parcerias com a Casan para simplesmente oferecer serviços dignos à população. Desde a época de Saulo Sperotto ainda em 2007, passando por Imar Rocha e mais recentemente com o próprio Beto, é que tenta-se negociar e buscar ações e investimentos, mas infelizmente os pactos foram rompidos, as parcerias não foram honradas e as promessas não descumpridas.

Casan sai ou fica? III

O velho chavão popular “paciência tem limites” é o que mais se encaixa ao momento que Caçador enfrenta no que tange o tratamento de água e esgoto. De um lado a Casan que há quase dez anos está literalmente empurrando a situação com a barriga e fugindo da responsabilidade com um município que precisa de investimentos para se desenvolver e de outro a administração pública que está aí para apresentar soluções concretas e eficazes a sociedade, mas que se vê pressionada pelo tradicional medo da privatização.

Casan sai ou fica? IV

Quanto ao Plano de Ação por Caçador apresentado pela Casan, diria que ele foi montado para realmente atender a necessidade do município, até por que ninguém conhece melhor a nossa realidade do que estatal que já atua aqui a mais de 40 anos. Resta agora que o prefeito Beto decida o que vai fazer. Manter o vínculo com a Casan aceitando assim suas promessas de investimentos de mais de 160 milhões par os próximos trinta anos, ou prosseguir com o processo licitatório e iniciar um novo e incerto período de reestruturação dos serviços de fornecimento de água e saneamento básico com uma empresa privada. Lembrando que para isso, ele terá de enfrentar a poder legislativo que durante a audiência se mostrou satisfeito com a proposta da Casan e pretende intervir e derrubar o lançamento do edital.


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