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Adelcio Machado dos Santos

A Importância Econômica do Conhecimento I

14/05/2012

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O conhecimento, no magistério de Carbone (2005), consiste na grande riqueza das organizações. Em uma era cada vez mais mundializada, de mercados competitivos, onde a comunicação expõe permanentemente a qualidade e a deficiência dos produtos e serviços vendidos, inovar significa sobreviver. A inteligência organizacional representada pelos sistemas de informação e conhecimento, pelas competências dos funcionários, pela qualidade dos processos de produção e de atendimento cliente se torna ou um fator decisivo no ambiente contemporâneo. Assim, o conhecimento passou a ser visto como o grande diferencial da produção.

De acordo com Probst, Raub e Ropmhardt (2002), a revolução na tecnologia das comunicações veio acompanhada de modificações s econômicas que atribuem maior destaca ao conhecimento. Nos países industriais contemporâneos, as indústrias intensivas em conhecimento são responsáveis por uma proporção em constante crescimento no produto nacional líquido. Essa tendência certamente afeta o sucesso financeiro de empresas individuais, levando um maior número de empresas a reconhecer a relevância fundamental do conhecimento como recurso.

O ambiente de conhecimento em que as empresas devem operar na atualidade é estruturalmente muito mais complexo do que aquele que existia há vários séculos. Em grande parte, isso decorre de três tendências intimamente interligadas: grande taxa de crescimento do conhecimento, o grau em que ele se tornou fragmentado e sua globalização recente.

Muitas organizações têm percebido a complexidade crescente do ambiente de conhecimento como uma ameaça. Entretanto, existem muitas formas por meio das quais desenvolvimentos dinâmicos em conhecimento podem gerar novas oportunidades para competir. As empresas inovadoras estão descobrindo que podem aumentar o valor de produtos que possuem funções básicas relativamente simples tornando-os mais intensivos em conhecimento. Isso pode significar capacitar um produto a se adaptar a condições de mudanças, ou a coletar e armazenar informações e aplicá-las em benefício do usuário (PROBST, RAUB e ROPMHARDT, 2002).

Lara (2004) assim retrata a relevância do conhecimento na sociedade atual:


Na era pós-industrial, o sucesso das empresas situa-se mais em suas capacidades intelectuais e sistêmicas do que nos ativos físicos. A capacidade de gerenciar o intelecto humano e de convertê-lo em produtos e sérvios úteis transforma-se rapidamente na habilidade executiva crítica de nossa era. Em conseqüência, constata-se um surto de interesse em assuntos como capital intelectual, criatividade, inovação e organização que aprende, porém surpreendentemente, o gerenciamento do intelecto profissional tem merecido pouca atenção.


A omissão em relação ao gerenciamento do intelecto profissional torna-se ainda mais problemática quando se sabe que o intelecto é responsável por criar boa parte do valor na nova economia. Seus benefícios são visíveis imediatamente nos grandes setores de serviços, centro de educação, instituições financeiras, centros médicos, empresas de informática e outros.

As empresas que adotam uma abordagem estratégica na gestão de seu capital intelectual vêem uma oportunidade de melhorar suas posições de mercado em relação às organizações que continuam a gerenciar tal capital de forma oportunista: “se, na realidade, conhecimento é poder, então seu controle e canalização fazem mais sentido, em termos de negócios, do que simplesmente deixar que as fagulhas voem” (LARA, 2004, p. 28).

Ao analisar a importância do conhecimento para as organizações, Teixeira Filho (2000) destaca a relação existente entre a gestão do conhecimento e a vantagem competitiva. Segundo o autor, essa relação passa por diversos aspectos, mas, sobretudo, por pessoas, processos, tecnologia e informações. Cada uma dessas quatro dimensões pode ser trabalhada pelo ponto de vista da geração, preservação e disseminação do conhecimento, com a finalidade de criar e manter as vantagens competitivas para a empresa.

Dentro de uma organização, tudo gira em torno da “pessoa”, do “trabalhador do conhecimento”, do colaborador da empresa que detém o conhecimento crucial para a vantagem competitiva, seja sobre processos de negócios, sobre o mercado em que atua ou sobre os clientes. São as pessoas que representam toda a diferença para a gestão do conhecimento e, por conseguinte, para a competitividade da empresa. Ao se afirmar que o capital intelectual é responsável por uma parcela cada vez maior do valor das empresas quer se destacar a relevância do papel das pessoas na gestão do conhecimento e na competitividade das empresas (TEIXEIRA FILHO, 2000).

 

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